Nature

quarta-feira, 20 de dezembro de 2017

Outro dia


Num outro dia te encontrei, pavão de olhos negros
Você estava lá, na sua dança tão falsamente alegre
Abandonei o lcd, precisava ver-te com meus próprios olhos.
O que eu sinto? você deve se perguntar isso a todo instante.

Confusão grita de todos os cantos da minha alma
Ira, amor, afeto, ódio
Um ode ao amor psicopata, estes são os versos que pra ti escrevo.
Vamos olhar ao passado, um belo dia, e nada entenderemos.
Mas ainda que analisemos, nada resultará, pois esta sim foi uma história complexa.
Não há esperanças nesse sentimento, nessa trama tão cheia de suor e medo.
Não ame o próprio medo, apenas cuide dele.
Brinque, mas não o jogue fora
Me use, como ferramenta de ódio e desprezo
Zumbidos podem assustar,
Mas odes sussurrados acalmam.
Acalmam a alma, de quem não sabe mais o que, nem por onde.

É possível subsistir um amor dentre um cenário de tantos muros construídos pelos enganos da vida?
É possível, eu sei que é, pois ele ainda está aqui
Por mais que meus lábios nunca mais queiram falar do teu nome
Minha pele deseja a tua,
E sonha com aqueles dias...Dias que, apesar de distantes, poderiam voltar
Poderiam mudar tudo..
Poderiam me fazer sonhar novamente...
O que foi feito de nós?

Somente dentro de tão complexa história pode sair o incomum, o belo, o ballet.



sexta-feira, 27 de outubro de 2017

Hey você

Hey, você
está aí?
Eu sei que está
Eu sei que nunca deixa de estar

Me tornei um estranho lar para você
Em seus maiores complexos, medos e desvios, você me encontra.
Eu já estou em seu inconsciente, além de estar em seus desenhos mentais mais tortos e inapagáveis.

Que dizer? eu não sei
Aqui não caberá tudo o que tenho a dizer...
Se um dia nos vermos, não nos falaremos, isso é evidente
Se um dia meu caminho cruzar o seu, traçaremos novos caminhos
É certo que nada fará com que o muro desabe
Nada fará com que a porta se abra
ela foi trancada
Você olha com curiosidade para a fechadura
E eu observo silenciosamente a maçaneta se mexer.

"Por que o mar não se apaixona por uma lagoa? Porque a gente nunca sabe de quem vai gostar" (O Teatro Mágico - Ana e o Mar)

Canto sonhos estranhos e me perco
No ciano de minha vista cansada e ferida pela depressão
Ao passo que a todo momento em minha cabeça, a mesma pergunta lateja

"Quando foi que tudo começou a dar errado?"

E hoje eu estou aqui. Em momento algum, em minha infância tão cheia de esperanças, pensava eu que aos breves 20 anos toda minha vida desabaria ante os meus pés. Tive culpa? Não, não tive culpa, e direi o porquê...
Um coração dobrado, amargurado, ferido demais para pronunciar uma só palavra, acaba por dar o último suspiro e agir como num golpe de sobrevivência... Tudo o que foi feito, foi feito no desespero, na dor e na angústia... senão, que motivos teria eu para destruir meu próprio mundo? que motivos teria eu para desejar meu próprio abismo?

Hoje observo meus dias se acabarem, enquanto em minha mente, a todo momento se repetem todos os tristes dias em que, pouco a pouco, foi cravada a sangue e lágrimas minha pena, meu abismo, meu inferno. Hoje estou aqui.. vivendo? não, sobrevivendo...

Há algo que eu queira que você saiba? Saibas que fui sincero, saibas que meu coração foi puro a todo instante, saibas que um dia, pela última vez em minha chamada "vida", eu te amei.

sábado, 25 de março de 2017

Pra quê?

  Nos colocam neste mundo sem a nossa permissão. Não pedimos, não escolhemos quando, nem onde, nem como. Chegamos nus e fracos, ensanguentados e cheios de frio, chorando por ter agora que aguentar as agonias do mundo fora do útero.Temos que nos arrastar, usar o que sabemos daquela estranheza que é para nós os nossos corpos. Enfim temos que nos acostumar a não mais chorar, a não mais nos arrastar, enfim, nosso choro é sufocado pela algúria da realidade, e então aprendemos a andar, a  nos comunicar, e depois a obedecer. 
   Aprendemos que existe um Deus, e que foi ele que nos mandou estar aqui, portanto devemos seguir tudo o que ele disse, não diretamente, é claro, mas através de sua filial no mundo terreno, filial esta que tem exclusividade para falar com este Deus. Porém, apesar desta exclusividade, este mesmo Deus está em todos os lugares ao mesmo tempo. Sofremos, mas ele pode tudo. Mentimos, mas ele sabe de tudo. Mas não se assustem, ele nos ama. Porém, se desobedecê-lo, sofrerá eternamente num mar de lamentações sem fim e sofrimentos ainda piores que os deste mundo. Mas não se esqueça, ele te ama. Saímos dele, para sofrer neste mundo e talvez voltar pra ele, se nos sairmos bem neste vestibular de 80 ou , no máximo, 100 anos. Mas não se esqueça, ele te ama. Ele não nos diz qual é sua verdadeira filial. Na verdade, existem várias possíveis filiais, mas só há uma verdadeira. Como num cassino, temos que apostar. Devemos apostar em apenas uma filial, para as muitas possíveis. Em caso de acerto, voltaremos para o mundo e paz e alegria que vivíamos antes de nascer. Caso percamos, iremos sofrer eternamente e até mais do que sofremos neste mundo. Mas não se esqueça, ele te ama.Ele existe? Não sabemos, ele não nos disse, preferiu que isto também fosse uma aposta nossa. Devemos apostar se ele existe ou não. Mas não se esqueça, ele te ama. Ele esmagará a cabeça dos inimigos, porém, todos são seus filhos amados e podem alcançar seu perdão. Ele criou tudo e todos, e conhece tudo o que criou e todos que criou. Mas uma de suas criaturas se voltou contra ele, mesmo ele vendo tudo, podendo tudo e sabendo de tudo. Dentro de tudo o que ele mesmo criou, ele tem agora um inimigo, que logo será destruído. Mas antes de ser destruído, este Deus espera um certo tempo para que seus filhos tão amados possam apostar nas fichas erradas e cair nas garras deste inimigo. Mas não se esqueça, ele te ama.
 Nos dizem como viver, o que vestir, do que gostar, o que comer e quando comer, por quem se apaixonar e por quem não se apaixonar, aonde ir e aonde não ir. E além disso, devemos crer a todo instante e com todas as nossas forças em uma verdade: somos livres.
 Somos constantemente vigiados, para que não atrapalhemos outros que como nós, não pediram para estar aqui, e também sofrem e choram constantemente, e passam por dores que antes, no útero materno, ou ainda antes ,não existiam.Caso desobedeçamos às regras que um desconhecido, que foi colocado no mundo contra a sua vontade um pouco antes de nós, escreveu, iremos para um útero de concreto, frio, e com celas de ferro. Lá ficamos por algum tempo, até voltarmos para o mundo. Este parto é um pouco mais alegre, pois o útero que permanecemos por este tempo não era lá grande coisa. Frágeis que somos, por vivermos num mundo tão cheio de contingências, temos a obrigação de procurar um útero de concreto, um pouco mais confortável, mas ainda sim sufocante, que podemos aos poucos confundir com um mundo, e chamá-lo de mundo, e pensá-lo como um mundo. Este pensamento logo some, ao vermos que precisamos sair do nosso útero pessoal todos os dias, para entrarmos em outro útero, e lá permanecermos 8 horas por dia, para sobrevivermos, dentro de nosso útero, num mundo onde chegamos sem ser avisados e sem ser consultados.
 Nos mandam não tirar a vida de ninguém e nem a nossa própria, pois, para eles, a vida é um presente. Estranho presente, presente de grego, presente trabalhoso e sofrido. Chamam de presente, enfim, algo que começa maravilhoso e nunca termina da mesma forma. Algo que é finito, que começa com dor, e termina da mesma forma, tendo muita dor envolvida em seu conteúdo. De fato, muito estranho este presente. 
   Como se já não bastasse a estranheza deste presente, somos atacados pelos instintos deste corpo que não pedimos para ter, e acabamos por nos ajuntar com uma outra pessoa, por uma desculpa qualquer que a tempos chamam de "amor", que não passa de uma atração corporal misturada com uma conveniência bastante atrativa. E enfim, traídos pelos nossos próprios corpos, obrigamos outra alma a assumir o peso do mundo e, sem pedir licença, entregamos a ela o fardo de existir. Mais um presente de grego.
  Trabalhamos para sustentar uma vida que não pedimos para ter, e para sustentar vidas que obrigamos a existir. Destruímos nossos corpos e mentes, que também não pedimos para ter, sofremos num mundo onde não pedimos para chegar e enfim morremos, saindo em fim de um mundo que nem mesmo pedimos para entrar. E nesse tempo todo, um alguém que pergunta "qual o sentido da vida?" é chamado de louco ou de alienado, e alguém que pensa em se suicidar é logo preenchido com remédios, para que se acostume a viver neste mundo, mesmo que forçado.E a este costume, a esta prática de ignorar as dores mais insuportáveis, a este aceitar até licenciosamente a vida que não pedimos para ter, dão um nome: felicidade.

domingo, 5 de março de 2017

Passado (прошлое)

Antes que volte a primavera, morram, doces flores
São flores que soam como melodias
Sons lúgubres, da morte terna.
Apta a chorar, choro
Ar me falta, mais do que posso dizer
Resta esperar pela chuva, apenas isso
Acende a chama de vida nova em mim
Pinta em meu rosto o cheiro de passado
As noites já não são tão escuras
Noites serenas, noites de amor e ódio
Adentram nas casas cheias de silêncio
De ruídos e de música
Ávidos por um sentido
Novo sentido de ser
Acende a chama da noite escura
Penso em morte, penso apenas.

Agora não mais terei medo
Ninguém jamais saberá o que se passa em mim
Novas histórias virão
Ávidas por novos finais
Carregados de sentimentos infelizes
Antes que venha a chuva
Lave as mãos, não se molhe muito.

Abro a janela do meu quarto
Nunca mais abrirei
O zimbro das florestas me persegue
A noite é fria, mas é necessária.

Ana Ugo Zibov

Flores em Moscou (Москва цветы)

Passa o tempo, e a vida perde o verde
Vem chegando a tarde, mais perto que eu
As flores, tão tristes de Moscou, na terra e no zumrut*
São flácidas, vem de longe
E entre elas os espinhos se amam
melhor lugar não há
entre a terra e o zumrut*
há algo.

Aqueles grandes dias de inverno
Dias intrigantes, frios e misteriosos
Quando olho de novo, vejo melancolia e nostalgia.
O dia vai passando
E agora não há mais nada a se fazer
E não há mais nada a se pensar
E agora o fim está próximo.

Abertas as flores estão.
Rugem ferozmente de alegria
Azuis, vermelhas, amarelas
Todas cansadas de tanto viver.

Ana Ugo Zibov

*não encontrei tradução para este termo

sexta-feira, 3 de março de 2017

Ana Ugo Zibov - Biografia



Ana Ugo Alexandrovich Zibov, um nome tão importante, porém tão oculto, tão controverso.Nasceu em 10 de agosto de 1836 em Lomonosov , e faleceu em 09 de março de 1920, aos 84 anos, em moscou, vítima de um infarto fulminante. Compositora e escritora, desafiou os padrões comuns a seu tempo, ao falar com naturalidade de temas como a morte e relacionamentos impossíveis, sabendo conciliar ambos em um texto apenas.
Descendente da nobre família Zubov, que a alguns anos atrás se separou por motivos até hoje desconhecidos, formando a geração não tão promissora dos Zibov, Ana cresceu em meio a costumes muito simples, mas desde pequena demonstrava interesse constante por sons musicais, buscando em meio aos objetos de sua casa algo que pudesse soar musicalmente. Seu pai Dmitry logo notou que a jovem Ana iria se destacar dos demais, e dedicou suas noites a reforçar o estudo escolar da jovem, propondo exercícios e problemas complexos.Por fim, Ana finalmente pode ingressar em aulas particulares de piano, onde demonstrou acelerado desenvolvimento, contam alguns biógrafos. Em 1857, aos 21 anos, Ana conclui sua primeira obra, entitulada Соната кость (Sonata kost' - Sonata aos Ossos), causando já demasiada preocupação de seus pais, por demonstrar um estilo praticamente macabro de compor.Porém, apesar de macabro, desde cedo a originalidade no fraseado e nas sequências harmônicas.
Escreveu diversos e pequenos textos, que só faziam crescer e afirmar a forma rebelde e desafiadora com que Ana atraia seus ouvintes e leitores. Seu texto denominado "Prosecotista" (Já transcrito neste blog), escrito aos 22 anos, causou polêmica e extrema preocupação por parte de sua família. Muitos passaram a acreditar, a partir daí, que Ana possuía um transtorno psicopata dentro de si, ainda reprimido. O termo prosecotista, aliás, foi criado pela própria Ana, significando, segundo a própria:

     "[...] Uma ânsia entre o amor e a matança, um desejo de amar que se mistura ao desejo de matar. Um amor perigoso, e por isso mesmo, cheio de música em si." (ZIBOV, Ana Ugo - Luz aos desesperados)

Porém, foi em 1892, aos 56 anos, que Ana escreveu sua obra prima: A Соната полдень (Sonata polden' - Sonata do meio-dia). Nesta obra, Ana explora o ostinato e as variações constantes de volume como forma de enriquecer a doce melodia que caminha lentamente, tudo isso apoiado por uma genial sequência de acordes. Após esta obra genial, outro escrito foi publicado, e de novo considerado uma prova da insanidade mental de Ana: O pequeno texto que tem no seu título o próprio nome da autora, e que fala de si mesma como se fosse outra pessoa, e mais, como se a própria Ana fosse uma má pessoa:

Para muitos parece não fazer muito sentido
mas pra mim faz
faz todo o sentido
quem é você, Ana Ugo Zibov?
Porque você voltou? Porque voltou justo agora?
O dufma escondido em ti não me deixa respirar
Por quê você, Ana Ugo Zibov?
Por que continua aparecendo e reaparecendo na minha vida?
Por quê?


Me mostre o que há dentro de ti, Ana Ugo Zibov
Me mostre tudo o que eu preciso saber
É um vício que eu não sei curar
Afaste-se de mim, Ana Ugo Zibov
Quanto mais você se aproxima, mais me aproximo de uma catástrofe
E que grande catástrofe!
Pra quê destruir minha vida
Não posso
Não devo
Devo esquecer você
Ana Ugo Zibov

E por fim, já em moscou, publicando pequenas suítes e alguns pequenos poemas, Ana passou o fim de seus dias, morrendo aos 84 anos, vítima de um infarto fulminante. Sua vida continua um mistério. Muito se fala sobre a insistência de alguns autores em afirmar que Ana, na verdade, nunca existiu, e que suas composições na verdade são verdadeiras fraudes (fato que ajuda nesta argumentação é o acesso muito difícil aos seus arquivos.). Porém, não é de se negar os caracteres muito próprios não só de sua música, mas também de seus textos. Por conta desta polêmica, Ana sumiu da maioria dos registros da literatura, e hoje não possui nem mesmo um verbete no wikipédia. Muitas das informações sobre esta compositora tiveram de ser recolhidas da Deep Web (que por possuir um acervo muito rico em russo, possui muito mais registros sobre este mesmo país).Porém, espera-se que as inebriantes melodias de Ana voltem à sociedade e não sejam mais escondidas  por biógrafos e por musicólogos.



quarta-feira, 1 de março de 2017

Prosecotista

Primeiro amar, depois matar
Chegou a hora
O amor doentio se transformou em salutar ódio
Grande rancor
insipido
odeio, como nunca odiei ninguém
vingança, é a hora? sim, é agora
agora mesmo, é a hora dos demônios que existem em mim saírem
na manhã aparentemente calma, destruirão com sangue sonhos e segredos
ainda que me assuste, será um alívio.

Minha ânsia de matar fará seu trabalho
as flores murcharão diante de meu ódio
flores não são mais desculpas
urge em mim um grito: "chega de sofrer"
de hoje em diante, meu sofrer se tornará ódio e morte

Basta de dor
urge em mim um grito: "chega de sofrer!"
zumbe em meus ouvidos um som familiar, dizendo "mate"
outrora não o dava ouvidos, mas é chegada a hora.

É agora, não pode tardar.
Limparei com sangue as feridas do meu coração
Logo estará morta.

Ana Ugo Zibov


segunda-feira, 27 de fevereiro de 2017

Pronto, Falei

Já chega
é o fundo do posso sem fim
será melhor
tudo estará de novo como estava
já estou sem ar
minha cabeça me engana
me ajude, minha cabeça não tem lugar

Não acaba
não quer acabar, meus sofrimentos são um
é fogo, braza
na minha alma, um horror.

Já chega. Isso é tudo.
Ana Ugo Zibov

sábado, 25 de fevereiro de 2017

Ninguém jamais entenderá

É apenas um fardo carnal, grosso modo estranho
Nada de amor ou de paixão, incrível como as coisas se confundem
Nada demais, ou de menos
Talvez passe, vamos viver muito tempo ainda pra ver
Nada de platônico ou piegas, apenas meus lábios pedindo pelos seus
Apenas minha pele passeando pela sua, na vontade louca de passear novamente
Apenas seus cabelos passeando pelas costas, assim do jeito que me faz não querer parar de olhar.

Silenciosamente, busco um fim a tudo isso.
Busco cessar esse desejo, ultimo desejo de meu corpo já cansado de sofrer pela alma
Busco abrigo para este delírio, zumbido que não cessa em meus ouvidos.
Logo vai passar, ou não.

Quem puder entender, que entenda.


Quem quiser, que entenda



Me aliviou ficar longe de você

por um tempo pude pensar em mim mesmo.

O que será de mim na segunda-feira?

Que desesperos me aguardam?

Que angústias você prepara para a minha alma?
Sei que é uma angustia necessária






Não gosto

Mas insisto

tudo olha para fora dentro de mim, esperando por você

tudo voltará, e me pergunto: "por quê?"

nada aliviará esse peso dentro de mim

Em nada esse peso ficará mais leve

A angústia não vai passar, pelo menos não agora



Não brinquem dentro de mim, tristezas de minha existência

É um vício sem fim

É zumbido da minha alma

É o olho de quem não vê, pois sofro em silêncio






Por que você, Ana Ugo Zibov?
Ana Ugo Zibov
OBS:  "Segunda-feira" (понедельник) foi um termo deduzido da expressão "Segunda"

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2017

Ana Ugo Zibov

Para muitos parece não fazer muito sentido
mas pra mim faz
faz todo o sentido
quem é você, Ana Ugo Zibov?
Porque você voltou? Porque voltou justo agora?
O dufma* escondido em ti não me deixa respirar
Por quê você, Ana Ugo Zibov?
Por que continua aparecendo e reaparecendo na minha vida?
Por quê?

Me mostre o que há dentro de ti, Ana Ugo Zibov
Me mostre tudo o que eu preciso saber
É um vício que eu não sei curar
Afaste-se de mim, Ana Ugo Zibov
Quanto mais você se aproxima, mais me aproximo de uma catástrofe
E que grande catástrofe!
Pra quê destruir minha vida
Não posso
Não devo
Devo esquecer você.
Ana Ugo Zibov

*Não encontrei tradução para este termo