Nature

quarta-feira, 20 de dezembro de 2017

Outro dia


Num outro dia te encontrei, pavão de olhos negros
Você estava lá, na sua dança tão falsamente alegre
Abandonei o lcd, precisava ver-te com meus próprios olhos.
O que eu sinto? você deve se perguntar isso a todo instante.

Confusão grita de todos os cantos da minha alma
Ira, amor, afeto, ódio
Um ode ao amor psicopata, estes são os versos que pra ti escrevo.
Vamos olhar ao passado, um belo dia, e nada entenderemos.
Mas ainda que analisemos, nada resultará, pois esta sim foi uma história complexa.
Não há esperanças nesse sentimento, nessa trama tão cheia de suor e medo.
Não ame o próprio medo, apenas cuide dele.
Brinque, mas não o jogue fora
Me use, como ferramenta de ódio e desprezo
Zumbidos podem assustar,
Mas odes sussurrados acalmam.
Acalmam a alma, de quem não sabe mais o que, nem por onde.

É possível subsistir um amor dentre um cenário de tantos muros construídos pelos enganos da vida?
É possível, eu sei que é, pois ele ainda está aqui
Por mais que meus lábios nunca mais queiram falar do teu nome
Minha pele deseja a tua,
E sonha com aqueles dias...Dias que, apesar de distantes, poderiam voltar
Poderiam mudar tudo..
Poderiam me fazer sonhar novamente...
O que foi feito de nós?

Somente dentro de tão complexa história pode sair o incomum, o belo, o ballet.



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