Antes que volte a primavera, morram, doces flores
São flores que soam como melodias
Sons lúgubres, da morte terna.
Apta a chorar, choro
Ar me falta, mais do que posso dizer
Resta esperar pela chuva, apenas isso
Acende a chama de vida nova em mim
Pinta em meu rosto o cheiro de passado
As noites já não são tão escuras
Noites serenas, noites de amor e ódio
Adentram nas casas cheias de silêncio
De ruídos e de música
Ávidos por um sentido
Novo sentido de ser
Acende a chama da noite escura
Penso em morte, penso apenas.
Agora não mais terei medo
Ninguém jamais saberá o que se passa em mim
Novas histórias virão
Ávidas por novos finais
Carregados de sentimentos infelizes
Antes que venha a chuva
Lave as mãos, não se molhe muito.
Abro a janela do meu quarto
Nunca mais abrirei
O zimbro das florestas me persegue
A noite é fria, mas é necessária.
Ana Ugo Zibov
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