Nature

sábado, 28 de maio de 2011

Flor e vulcão

Ontem fui a flor
Hoje sou a pétala cinzenta, murcha
Ressecada pelo calor, caída aos pés
Desse Sol intenso
Sol da vida
Sol do futuro
Sol das idéias profundas E do Absurdo

Ontem fui vulcão
Hoje não passo de uma espessa rocha
imóvel, paralisada
Congelada pelo frio
Frio da angústia
Frio da melancolia
Frio da dor perdida
e do obsurdo

Como as marcas tristes
de um sorriso perdido
como o pra sempre que acabou
Como a prosa naquele banco de escola que vira flor e vulcão
E logo se torna um nunca mais
Nunca mais completo
E se transforma em pétala e rocha

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